Associação de Empresas de Segurança estabelece acordo de princípios que resulta em mais 135 euros no vencimento base dos vigilantes

Lisboa, 01 de outubro de 2018

A AES – Associação de Empresas de Segurança estabeleceu com as organizações sindicais um acordo histórico no setor da Segurança Privada. Um acordo que, a refletir-se no CCT, contemplará aumentos salariais de quase 20 por cento a serem aplicados faseadamente ao longo dos próximos dois anos. Este aumento significa que o salário base dos vigilantes passará do valor atual de €661,32 para €796,18, ou seja, mais 135 euros.

Com o acordo de princípios agora obtido para vigorar nos anos 2019 e 2020, nascerá um conjunto de medidas imprescindíveis para a revitalização do setor, criando condições para a retenção e recrutamento de profissionais.

O setor da segurança privada tem sido vítima de sistemáticas irregularidades, cometidas por empresas pouco escrupulosas, cujo resultado se traduz numa crise sem precedentes e numa profunda degradação das condições de trabalho dos mais de 35 mil vigilantes. Alguns casos já tiverem eco na própria comunicação social.

Este cenário, denunciado reiteradamente pela AES, tem sido ignorado pelo próprio Estado, que, como Pilatos, procura lavar as mãos face ao caráter escandaloso dos problemas.

O mesmo Estado que é lesado em mais de 30 milhões de euros todos os anos, em consequência da fuga ao pagamento de impostos e contribuições para a Segurança Social, permanece indolente perante a recorrente violação da lei e dos Contratos Coletivos de Trabalho.

O Estado assiste, impávido, ao definhamento da atividade da Segurança Privada, à violação dos mais básicos direitos dos trabalhadores e à completa subversão das condições em que as empresas cumpridoras operam no mercado.

A AES congratula-se por ter contribuído, uma vez mais, para a criação de condições propícias ao fortalecimento da atividade de Segurança Privada e espera que o Estado e os demais agentes façam o seu papel no combate ao trabalho não declarado, a bem da qualidade do setor e da dignificação das empresas e dos trabalhadores.

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