A AES – Associação de Empresas de Segurança congratula-se com a posição do Banco de Portugal (BdP) que considera seguro efetuar pagamentos com notas e moedas, não existindo riscos acrescidos de transmissão do coronavírus. Uma posição, refira-se, defendida pela AES desde o início da pandemia, com base nas conclusões de instâncias internacionais como a Organização Mundial da Saúde, Banco Central Europeu e outras entidades
“A probabilidade de contágio com um vírus através de uma nota ou de uma moeda de euro é muito baixa em comparação com outras superfícies”, pode ler-se no comunicado do BdP, que se transcreve abaixo.
COVID-19. Pagar com notas e moedas é seguro
A probabilidade de contágio é muito baixa quando comparada com a de outras superfícies, mas – tal como em tempos de normalidade – aconselha-se sempre a higienização das mãos após o contacto com notas e moedas.
Tal como acontece com a gripe sazonal, a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a COVID-19, ocorre principalmente através de gotículas com partículas virais que são libertadas pelo nariz ou pela boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. As gotículas podem ainda depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada e, desta forma, infetar outras pessoas que com eles contactem e, depois, toquem nos olhos, no nariz ou na boca.
Estudos recentes indicam que o SARS-CoV-2 pode sobreviver, embora com uma diminuição significativa da sua carga viral, em superfícies como plástico ou metal, até 72 horas, e em aerossóis, até 3 horas. Em superfícies de cobre, o novo coronavírus sobrevive menos de 4 horas e, em superfícies mais porosas, como cartão, menos de 24 horas. O tempo durante o qual persiste nas superfícies depende de condições como o tipo de superfície, a temperatura ou a humidade do ambiente e a carga viral inicial que originou a exposição.
Perante estes dados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceram que o dinheiro não constitui uma forma de transmissão comum da COVID-19. Também o Instituto Robert Koch, da Alemanha, confirmou recentemente que “a transmissão do vírus através das notas de banco não tem um significado especial”.
Resultados preliminares dos testes realizados no Eurosistema revelam que a carga viral do novo coronavírus diminui rapidamente nas primeiras seis horas após deposição em notas e moedas de euro.
Os bancos centrais da área do euro conduzem regularmente estudos sobre o impacto potencial da produção e da circulação de notas de euro na saúde pública, incluindo em relação aos vírus.
Estão a ser realizadas investigações sobre o SARS-CoV-2 e os resultados preliminares revelam que a respetiva carga viral apresenta um rápido declínio nas primeiras seis horas após deposição em notas e moedas de euro.
A degradação do vírus é mais rápida nas notas e moedas de euro do que no aço inoxidável, material usado, por exemplo, nas maçanetas das portas. No caso das notas de euro, a diminuição da carga viral é 10 a 100 vezes mais rápida nas primeiras horas do que no aço inoxidável.
A probabilidade de contágio com um vírus através de uma nota ou de uma moeda de euro é muito baixa em comparação com outras superfícies. Mas, porque são manuseadas por um grande número de pessoas, é importante que os utilizadores higienizem sempre as mãos após o contacto com notas e moedas, independentemente de existir ou não um contexto de pandemia.
As medidas básicas de proteção contra o novo coronavírus devem ser aplicadas conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Após o contacto físico com objetos frequentemente tocados, incluindo notas e moedas, os utilizadores devem evitar tocar no rosto, olhos e boca e devem fazer uma lavagem cuidadosa das mãos, com água e sabão, ou higienizar as mãos com soluções próprias à base de álcool.
As notas e as moedas de euro têm de ser obrigatoriamente aceites em pagamentos, pelo valor nominal, em toda a área do euro. A sua utilização não pode ser recusada, em nenhum caso, desde que cumpridos os limites máximos definidos na lei.
Consulte o comunicado no site do Banco de Portugal aqui